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 | 11/10/2008 09h37min

Bush sobre a crise: "Estamos envolvidos nisso juntos, e sairemos juntos"

Presidente dos EUA destacou que cooperará com outros países para resolver os problemas

Atualizada às 10h07min

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou neste sábado que cooperará com os outros países para resolver a crise econômica, e insistiu que as medidas tomadas para debelar a crise "precisam ser coordenadas":

— Estamos envolvidos nisso juntos, e sairemos juntos. Todos nós reconhecemos que há uma crise global séria que requer uma resposta global séria.

Bush fez esta declaração nos jardins da Casa Branca e acompanhado pelos ministros de Economia dos países do Grupo dos Sete (G-7, os países mais desenvolvidos), com os quais se reuniu hoje para estudar os passos necessários para combater a crise.

Bush voltou a dizer que os efeitos das medidas não serão sentidos de "um dia para o outro". Segundo ele, todas as autoridades do grupo concordam que as medidas tomadas em conjunto com outros países deverão proteger os contribuintes.

Mais cedo, em seu programa de rádio, o presidente já havia tentado tranqüilizar os cidadãos americanos sobre o futuro da saúde financeira da maior economia do mundo:

— Quando passamos por provas difíceis no passado, o povo americano sempre se mostrou à altura. E é exatamente o que vamos fazer mais uma vez.

A reunião de Bush e dos ministros do G-7 ocorre ao final do que representou a pior semana da história para os mercados mundiais, na qual a Bolsa de Nova York perdeu 21% de seu valor e a Bolsa de Tóquio, 24%.

O índice Dow Jones caiu durante oito pregões consecutivos, diante da incerteza sobre a situação financeira mundial.

Bush – que desde 15 de setembro, quando a quebra do banco de investimento Lehman Brothers intensificou a crise, falou em público sobre esta questão 21 vezes – afirmou que foram adotados "passos valentes" para combater a situação "tão rápido quanto possível".

Entre as medidas adotadas, lembrou, está o plano de resgate para o sistema financeiro aprovado há oito dias nos EUA e avaliado em US$ 700 bilhões.

Bush também destacou que a Securities and Exchange Commission (SEC, comissão de valores mobiliários americana) averiguará qualquer suspeita de fraude ou práticas abusivas na bolsa, e que as agências correspondentes aumentaram até US$ 250 mil o montante garantido nos depósitos bancários.

Reunião do G-20

Neste sábado, o secretário do Tesouro norte-americano Henry Paulson irá se encontrar com os ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais dos países que integram o G-20, o grupo que reúne as nações mais ricas e os principais países emergentes.

O encontro foi uma iniciativa do Brasil, que atualmente preside o G-20. O Brasil estará representado pelo ministro Guido Mantega.

O ministro vai propor neste sábado que seja criado um grupo especial para tentar identificar e neutralizar crises financeiras. Segundo ele, o mundo está no meio de um furacão e a crise ainda vai durar algumas semanas.

— Essa crise só se resolve com uma ação coordenada de todos os países — afirmou Mantega.

Antes do encontro coletivo, nesta tarde, Mantega e Paulson também manterão outra reunião, pela manhã. Com informações do G1.


Gráfico: entenda a crise financeira

EFE
 
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